Muito se fala sobre inteligência artificial, mas nem sempre a definição é concreta a ponto de visualizarmos a sua aplicação. A verdade é que a Inteligência Artificial é uma ciência da computação que se propõe a se aproximar, por meio de dados e dispositivos tecnológicos, da capacidade humana de percepção, raciocínio e conexão de informações.

Ela pode ser aplicada na saúde, educação, transporte, enfim, em qualquer área. É um mecanismo eficiente de análise de inúmeras variáveis que circundam qualquer pessoa ou situação. E quando bem aplicada, essa técnica entrega grandes benefícios à sociedade.

Pensemos em uma situação prática da aplicação da Inteligência Artificial na saúde, usando João como um paciente fictício. Primeiro, o profissional da saúde identifica as características de João. Idade, sexo, condição social, região de moradia, entre outras, além, é claro, das condições clínicas do mesmo. A partir dessas informações identifica-se, em conjunto com o João, qual é o problema (resultado desejado) e ato contínuo define-se a condição clínica a ser melhorada.

A partir daí, estabelece-se um objetivo de resultado e tempo de acordo com todas as variáveis clínicas e sociais. Neste exemplo, podemos dizer que João quer melhorar a sua respiração e condicionamento físico, ele se sente cansado. Compete então aos profissionais de saúde definir as ações de conduta terapêutica mais adequada para o João, de acordo com as informações levantadas e analisadas. Enquanto isso, João anseia atingir suas metas quantitativas e qualitativas no menor tempo possível.

A Inteligência Artificial atua na consolidação de todos os dados e informações e disponibiliza, para o profissional da saúde, a sugestão de ações com aplicação comprovadamente eficazes para a solução do problema de saúde do paciente. Assim o profissional da saúde pode, adicionar sua experiência prática e definir o protocolo a ser seguido pelo paciente.

O fator humano sempre será decisivo e imprescindível, mas não podemos desconsiderar que os profissionais de saúde se beneficiem da Inteligência Artificial como grande aliada no processamento de inúmeros dados e variáveis relativas às características pessoais, patologias e condições sociais dos pacientes, para que possam realizar uma análise mais precisa.

Como exemplo desse fato, podemos dizer que a inteligência artificial pode, a partir de um consistente banco de dados e informações, apresentar protocolos que já tenham sido aplicados para alguns pacientes, com grande êxito, para serem adotados em outros pacientes que possuam características sociais e clínicas semelhantes.

Dessa forma, a Inteligência Artificial assume um papel fundamental no processo de aprimoramento da saúde e bem-estar dos pacientes. Contribuindo para a identificação de protocolos técnicos de atendimentos eficazes, tendo como base todas as informações do paciente e as que o circundam, trazendo exemplos de tratamentos de sucesso já adotados e que foram mensurados com acompanhamento e indicações clínicas, atingindo a meta proposta.

A empresa ou profissional de saúde passa a ser muito mais assertivo no diagnóstico e determinação do tratamento que alcance o objetivo do paciente, sempre que encontram a sua disposição uma Inteligência Artificial capaz de assessorá-los na tomada de decisão. E não é um assunto para o futuro. Essa já é uma realidade brasileira, mas que ainda precisa ser entendida para ampliar os resultados e oferecer um intercâmbio de conhecimento, uma vez que os dados serão de auxílio a diversos profissionais, de especialidades e realidades diversas.

Diagnósticos mais assertivos, menos carga de trabalho ao profissional com maior valorização da sua experiência, atualização de práticas médicas fortalecidas por dados. Todos esses fatores somados refletem em redução de recursos, de etapas e de custos. E o mais importante, melhoria da qualidade de vida e bem-estar dos pacientes.

Em resumo, a entrega do resultado esperado pelo paciente João, da melhoria de sua condição e o alcance do objetivo, sem tentativas e erros, é realizada com sucesso no menor tempo possível.

Tatiana Giatti, diretora executiva da Saúde Concierge.