Alimentar a base de dados com informações de saúde de aproximadamente 15 milhões de pacientes é o objetivo da próxima fase do Projeto DataOpera, cujo projeto piloto foi realizado em parceria com a Unimed Ceará em 2017. Este ano, sete empresas (entre sistemas de prontuários, hospitais e planos de saúde) participam de um novo projeto piloto Já foram criados o banco de dados, integração com o prontuário único do paciente e a disponibilização das informações para os responsáveis pelo atendimento.

A Plataforma DataOpera foi resultado da iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com apoio da Associação Paulista de Medicina (APM) de materializar o projeto Idoso Bem Cuidado, mas não parou aí

O CMD (Conjunto Mínimo de Dados) foi decretado em novembro de 2017 pelo presidente Michel Temer e constitui um importante passo para a informatização do SUS. É um formulário padronizado com dados sobre as ações e a prestação de serviços dos estabelecimentos de saúde públicos e privados, coletados em cada contato assistencial. Na prática, o CMD padroniza a coleta dos dados na saúde.

A medida é necessária para atender uma recomendação do grupo de trabalho de saúde do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). Os conselheiros propuseram integrar as informações provenientes das redes pública e privada, a partir da criação de padrão de dados único e da implantação do prontuário eletrônico pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com informações mais precisas, coesas e unificadas, será possível subsidiar o planejamento, o monitoramento e a avaliação das políticas de saúde, além de direcionar a correta aplicação dos recursos públicos.

DataOpera, na prática, é uma plataforma que reúne dados e resgata o histórico clínico dos cidadãos, com foco no idoso, contribuindo para uma assistência médica mais inteligente e personalizada.

Hoje as informações clínicas de cada paciente ficam fragmentadas em vários tipos de sistemas e a ideia é utilizar a tecnologia para consolidar esses dados e construir um grande repositório central, integrando, agilizando e tornando mais produtivo o percurso assistencial entre pacientes, médicos e outros profissionais da saúde.

Com isso, a plataforma vai melhorar a rotina de atendimento aos pacientes, facilitando o acesso às informações clínicas e ao histórico médico, bem como otimizar e reduzir os custos de saúde.

A DXC Technology, uma das empresas parceiras desse projeto, contribui para a implementação do projeto. Entre as quatro empresas de TI coordenadas pela APM, ela é responsável pela infraestrutura e pela plataforma de serviços que integra os diversos sistemas para alimentarem o repositório de dados clínicos.

Além disso, a DXC oferece para a indústria de healthcare, o Health360, solução de saúde centrada no paciente e baseada em na Microsoft Cloud. Consiste na coordenação de cuidado, gestão de planos de cuidados e gestão de referenciamento médico. Ou seja, é usada para identificar quem são os indivíduos que não estão seguindo o ciclo de cuidados e agilizar a intervenção médica, personalizando o atendimento. Por exemplo: o médico de um paciente hipertenso passa a notar ganho de peso e dificuldade de respiração de seu cliente a partir da plataforma. Isso indica que o indivíduo não está tomando seu diurético, o que acumula líquidos em seu corpo e pode gerar maior risco de infarto. Dessa forma, o profissional da saúde pode intervir mais rápido e/ou ter uma agenda de monitoramento remoto do indivíduo.