A plataforma de simulação cirúrgica e dissecação virtual, desenvolvida pela startup brasileira Csanmek, tem ganhado mercados internacionais nos últimos meses. Com contratos firmados em faculdades de Medicina (humana e veterinária) em seis países, a empresa passa a fabricar e comercializar na Europa, Estados Unidos e Ásia, além da própria América do Sul.

A distribuição na Europa passa a ser feita pela linha de montagem recém-inaugurada em Varsóvia, na Polônia. Nos Estados Unidos, a comercialização é feita pela parceria com a companhia norte-americana Syndaver Labs. Nos mercados asiáticos, o equipamento é distribuído pela chinesa Beijing General Boom.

A Csanmek possui ainda parceria de representação nos Emirados Árabes com a empresa Al Mazroui & Chemical Supplies, de Dubai, e nas Filipinas, com a Aspen Multi-System. Atualmente, a startup brasileira está presente nos EUA, China, Peru, Polônia, Paraguai e México.

A rápida internacionalização da Csanmek se deu, sobretudo, pelo fato da plataforma ser o principal método alternativo ao uso de cadáveres em aulas de anatomia, à medida que segue a tendência mundial de trocar corpos humanos por plataformas digitais de dissecação virtual em cursos de medicina e veterinária.

Há três anos no Brasil, o equipamento é utilizado em 50 cursos de medicina e medicina veterinária para treinamento de cirurgias virtuais. Funciona como uma mesa que exibe modelos tridimensionais altamente detalhados e anatomicamente corretos de todos os sistemas do corpo humano.

A plataforma pode custar entre R$ 200 mil e R$ 400 mil e oferece aos alunos a possibilidade de estudar casos clínicos e exames reais de pacientes, à medida em que converte tomografias e ressonâncias magnéticas em clones virtuais (3D), com acesso total e irrestrito a anatomia real.

Também utiliza algumas linhas de atlas anatômicos e fisiológicos, com mais de 5 mil estruturas anatômicas identificas, incluindo todos os órgãos e sistemas do corpo masculino e feminino, e pode ser usada em cursos de medicina, veterinária e demais áreas da saúde.

Entre as instituições brasileiras que possuem a tecnologia estão Faculdade das Américas (FAM), a Universidade de de São Caetano do Sul (USCS), A Uninove (5 unidades em SP), a São Leopoldo Mandic (RJ), uma das principais faculdades de medicina do Brasil, a Universidade Guanambi, na Bahia, e a Faculdade Claretiano, entre outras.

Segundo o fundador da Csanmek, Claudio Santana, a solução foi desenvolvida por uma equipe amplamente qualificada, com décadas de experiência em diagnósticos e imagens médicas. “Apesar de ser um equipamento para educação, a plataforma 3D também é utilizada por médicos e profissionais da saúde no dia a dia, para melhorar o aprendizado e compreensão das estruturas anatômicas reais e modeladas”, comenta Santana.