A consolidação do uso da tecnologia no setor hospitalar e na saúde como um todo é cada vez mais forte. A partir de indicadores que monitoram o destino de recursos financeiros de Tecnologia da Informação, podemos verificar que os investimentos cresceram nos últimos anos. Tanto o setor, como os profissionais de saúde e os próprios pacientes percebem, hoje, a presença da tecnologia nos processos cotidianos.

Um deles é o registro digital dos prontuários médicos. Um levantamento realizado pela consultoria Accenture com 500 médicos revelou que 70% deles têm mais proficiência no uso de prontuários eletrônicos agora do que nos últimos anos. Além disso, 63% dizem que o uso de tecnologia na área de saúde reduziu o tempo das consultas.

Muito disso se deve ao projeto que normatizou a digitalização dos prontuários dos pacientes. O PLS 167/2014 estipulou que os prontuários poderão ser digitalizados ou microfilmados para facilitar o armazenamento e, desde que seja feita a certificação digital, os documentos originais poderão ser descartados. Isso agilizou muito a gestão dos pacientes.

A quantidade de pacientes que passa por um hospital ou clínica diariamente gera um amplo volume de prontuários em papel, que necessitam de um grande espaço para armazenamento e são de difícil localização quando é preciso procurar por um arquivo. A Gestão Eletrônica de Documentos (GED) é uma alternativa que economiza tempo e espaço na organização de prontuários. A solução digitaliza, trata e armazena cada documento, por meio de scanner, um software e um servidor em nuvem, que permitem, inclusive, o acesso remoto a partir de outras unidades clínicas.

Outras soluções, como a impressão de diagnósticos, que substituem os filmes radiológicos por imagens digitais, já é uma realidade e são vários os benefícios que podem ser destacados. Dentre elas estão a constante queda nos custos com armazenamento digital e a possibilidade de acesso remoto as imagens e a ampliação dos métodos de diagnósticos, pois a utilização de técnicas de processamento de imagens traz consigo um ganho de novas ferramentas para o laudo, tornando o trabalho do médico radiologista mais preciso.

Um ponto igualmente importante a ser considerado é a possibilidade da impressão em papel do exame para fins de documentação e não para laudar, podendo reduzir em até 80%, e em alguns casos até mais, os custos relacionados ao processo de impressão em filme destes diagnósticos. Nesse processo, o outsourcing de impressão exerce uma função fundamental, essencialmente quando realizado com parceiros altamente capacitados e que entendem as melhores técnicas para realizar esse trabalho.

A agilidade na triagem e no atendimento de pacientes também tem encontrado na tecnologia uma solução extremamente eficiente. Para garantir a segurança e qualidade no atendimento para todos, as instituições de saúde no Brasil estão adotando o chamado “Protocolo de Manchester”, sistema que determina a prioridade clínica do paciente, garantindo que o atendimento ocorra no tempo hábil. Por meio pulseiras de identificação com informações digitais, é possível fazer esse trabalho.

Companhias que trabalham há anos com o setor hospitalar oferecem soluções que facilitem e agilizem o atendimento, fornecendo tecnologias completas para a identificação de pacientes. Essas vão desde a identificação pelo sistema Manchester de Classificação de Risco à impressão de dados variáveis e códigos de barra diretamente nas pulseiras de identificação. Isso facilita o processo de triagem mesmo sob grande demanda e a partilha de informações pelos vários profissionais envolvidos no atendimento.

Muitas dessas tecnologias já estão acessíveis tanto para grandes hospitais como também para clínicas que contém estruturas enxutas. As soluções que automatizam e simplificam processos, aprimoram a infraestrutura e, sobretudo, reduzem custos, a um investimento de valor acessível, estão à disposição e devem cada vez mais fazer parte do dia-a-dia do setor.

Rodrigo Reis, diretor comercial e sócio da Reis Office.