A cada dia uma nova tecnologia é lançada ou aplicada à área de saúde. Assim como os demais setores que vivenciam a transformação digital em suas atividades, essa área de serviços prevê um futuro breve com maior participação da inteligência tecnológica em seus processos – do atendimento, internação, diagnósticos até o acompanhamento remoto da evolução do paciente.
Ciente dessa realidade, qualquer organização do setor precisa analisar sua posição atual diante da transformação digital já em curso. Este é, afinal, o primeiro passo para, tanto hospitais quanto laboratórios, clínicas e planos de saúde se reinventarem para a prestação de um serviço de qualidade, em sintonia com a tecnologia moderna.
Maturidade digital – É possível, como parte desse processo, medir o nível de maturidade digital das empresas a partir da aplicação de um índice – o ICTd, desenvolvido pelo centro de inovação CESAR. Após a aplicação de testes que avaliam diferentes aspectos, a empresa recebe o resultado e uma análise diagnóstica com recomendações necessárias para que possa acelerar a transformação de seu negócio para a era digital. E a preparação dos profissionais desse novo cenário são certamente um ponto de atenção quando se fala em serviços de saúde.
Nesse sentido, o índice constitui uma ferramenta valiosa para guiar decisões e investimentos na direção mais acertada, inclusive na área de treinamento e capacitação de funcionários e prestadores de serviço, dos quais depende a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
Questão humana – A questão humana envolvida na prestação de serviços, tanto em relação aos profissionais de saúde quanto aos pacientes, é especialmente delicada na área médica e merece dedicação especial. “Mudanças culturais precisarão ocorrer. A tecnologia é a parte fácil. A cultura é a parte desafiadora”, afirma Michael Phillips, diretor clínico na Intermountain, sistema de assistência médica e maior fornecedor de serviços de saúde na região oeste dos Estados Unidos.
Experiência do paciente – Com o crescimento dos recursos tecnológicos, surge a capacidade de personalizar a experiência de assistência médica e a jornada do paciente. A Forbes indica que “os locais de assistência médica poderão criar uma experiência completamente personalizada para cada cliente. As clínicas poderão usar os dados para ver quais médicos um paciente prefere, se eles gostam de ser vistos pessoalmente ou remotamente, seu histórico de saúde e quaisquer possíveis problemas de saúde. Isso significa que, em vez de ter que navegar por uma teia complicada de representantes de saúde, as informações de um paciente serão facilmente acessíveis para que possam ser feitas as opções de tratamento corretas, cuidados preventivos e recomendações”.
Com o ICTd, mapa informativo e analítico, das áreas do negócio e do ambiente onde ele está inserido, a travessia para a era digital pode ser mais segura e eficiente. O centro de inovação CESAR acredita que a Transformação Digital acontece nas pessoas, nos mercados e nas organizações. A jornada é árdua, porém, inevitável para quem deseja liderar a transformação nas empresas e se manter em posição de destaque no mercado.
Juliana Burza, gerente de Negócios do CESAR.
Digitalizar a saúde e o acesso à saúde é de inegável importância para a personalização do atendimento ao paciente. Fatores essenciais para o sucesso do tratamento são potencializados nessa nova Era de saúde digital: a relação médico-paciente torna-se muito mais valiosa quando o médico satisfaz os desejos do paciente, uma vez que se leva em conta as particularidades de cada paciente no processo de escolha do profissional que irá atendê-lo. Suplantadas as barreiras de confiança entre o profissional e o paciente, o atendimento flui de maneira mais adequada, o que influencia diretamente no sucesso do tratamento da condição do paciente. Prova disso é o paciente hipertenso. Caso o profissional que o atenda não o satisfaça, a confiança é perdida e por conseguinte, o paciente dificilmente estará adepto ao tratamento. Seja porque ele não confia no médico ou porque não viu relevância no tratamento, todo o processo de amenizar os danos fica comprometido (não haverá adesão ao tratamento). A digitalização da saúde, a personalização do tratamento e a potencialização dessa relação mudaria tal cenário para melhor. Esse é um dos exemplos de mudança positiva. Outros seriam advindos desta: diminuição da oneração da saúde pública (dada a explicação anterior, tornam-se óbvias as razões pelas quais isso ocorreria), redistribuição orçamentária, investimento em novas tecnologias, investimento em pesquisa, etc.