O sistema de saúde está em crise, este é um fato! E um dos grandes responsáveis, senão o maior, é o atual modelo de gestão, pouco focado no fator humano e em quem de fato utiliza os serviços.
O benefício saúde impacta diretamente e de forma drástica nos custos das companhias, algo em torno de 12% a 15% do valor da folha de pagamento – índice que promete alcançar os 20% até 2020. Um dos desafios dos gestores de RH e empresários é equilibrar esses custos com o benefício e, a meu ver, uma das maneiras mais eficientes de gerenciar esse problema é trabalhar com base em processos mais humanizados.
O maior ativo de qualquer empresa são as pessoas, suas habilidades e diferenças que, juntas, podem favorecer as corporações.
É sobre esse aspecto que reforço a importância de implantarmos processos mais humanizados nas empresas, principalmente quando nos referimos à saúde das pessoas.
A humanização nos processos de saúde acontece por etapas, a primeira delas é, com certeza, uma boa comunicação com os colaboradores para a conscientização do uso e do que representa o plano de saúde. Durante essa empreitada, é fundamental priorizar o cuidado com o colaborador e mantê-lo próximo. É essencial que ele seja fidelizado e tenha confiança na companhia que trabalha e nos benefícios que por ela são ofertados.
Algumas empresas já estão buscando essa conexão com os colaboradores, investindo, por exemplo, em iniciativas que priorizam a qualidade de vida do funcionário, tais com oa oferta de psicólogos custeados pela empresa, atividades de entretenimento tecnológico nos horários livres, aplicabilidade de programas de saúde, atividades físicas (ex. ginástica laboral), investimentos em programas de viagens e bonificação sobre resultados, entre outras, são alguns bons exemplos.
Todos os pontos destacados acima, são atribuições que precisam ser estudadas e desenvolvidas pela gerência administrativa, áreas médica e de recursos humanos das companhias. Tais práticas podem e devem ser utilizadas na cadeia de saúde hospitalar assistencial para, não apenas para gerenciar os custos, mas, principalmente para fidelizar e atender bem o público interno.
Os profissionais se dedicam e investem na organização com resiliência, responsabilidade, comprometimento e grandes riscos, na expectativa de colherem frutos sobre suas ações, sendo um dos principais um bom pacote de benefícios.
As pessoas são a mola propulsora dos negócios, quem realmente impulsiona as estratégias nas grandes empresas e corporações. Cuidar do capital humano corporativo e, consequentemente, de sua saúde e bem estar deve ser a principal missão de qualquer organização e por meio de processos mais humanizados e uma gestão eficiente tudo fica mais fácil para os envolvidos.
Leandro Almeida, fundador e diretor da DynamicCare Benefícios.