A segurança do paciente é um tema que vem mobilizando a comunidade mundial da saúde. O conceito de Segurança do Paciente, definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é a redução do risco de danos desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável. O problema em âmbito mundial coloca em risco milhões de pacientes, segundo a OMS, além de trazer prejuízos anuais da ordem de trilhões de dólares. Neste contexto, é de extrema importância entender como a tecnologia pode garantir a segurança do paciente de maneira efetiva.
O atendimento ao paciente nas instituições de saúde requer grande atenção das equipes aos chamados “5Cs”: medicamento Certo, na dose Certa, na hora Certa, na via Certa, no paciente Certo. Os seja, é preciso evitar erros. Mas, cada vez mais, a garantia da qualidade no atendimento clínico está associada ao uso de tecnologias que alavanquem a eficiência, promovam a assertividade das ações, elevem a produtividade e agreguem inteligência aos processos. Neste contexto, as soluções tecnológicas com maior relevância para a transformação digital da saúde são: os sistemas de gestão que integram informações assistenciais e clínicas; e os dispositivos móveis que são utilizados próximos aos pacientes para transmitir as informações aos sistemas de gestão diretamente, evitando a necessidade dos dados passarem pelo processo de digitação.
Dentre outras tecnologias que podem aumentar muito a segurança nos hospitais e clínicas vale citar também a biometria ou reconhecimento facial (para identificação do paciente) e os equipamentos de exames clínicos e laboratoriais com disponibilidade de integração. Na etapa seguinte, crescerão as demandas por sistemas de apoio à decisão clínica e a inteligência artificial que apoiarão equipes médicas no diagnóstico, na escolha dos tratamentos, assim como nas ações de prevenção às doenças.
Principais desafios para a segurança do paciente nas instituições
Mas, outros desafios também devem ser enfrentados pelas instituições de saúde nesta jornada pela transformação digital em busca de melhorar cada vez mais a segurança do paciente. É fundamental para o sucesso definir (ou redefinir) processos que garantam a qualidade e a boa integração das informações, além de planejar uma infraestrutura consistente de tecnologia e comunicação. Outro fator valioso é a capacitação das equipes que necessitam passar por treinamentos e reciclagens constantes a fim de incorporar a tecnologia em suas tarefas no dia a dia, tirando proveito máximo dos recursos disponíveis.
Enfim, é por meio da digitalização dos cuidados de saúde que os hospitais podem garantir uma qualidade assistencial diferenciada, eficiência operacional e, consequentemente, obter maior rentabilidade. Agilidade nos processos e a redução de erros andam juntas para garantir maior segurança ao paciente. Por isso, as instituições de saúde devem engajar-se na jornada digital e na obtenção da certificação HIMSS Analytics, selo de qualidade internacional que afere o suporte de tecnologias seguras para atender todo o ecossistema – pacientes, colaboradores e fornecedores – de forma mais eficiente.
Mendel Sanger, diretor executivo da Digisystem.