O número de trabalhadores na cadeia da saúde suplementar (que engloba os fornecedores de materiais, medicamentos e equipamentos; prestadores de serviços de saúde; operadoras e seguradoras de planos de saúde) segue em crescimento, segundo o “Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar”, boletim mensal do IESS. O levantamento aponta que o número de pessoas empregadas formalmente no setor cresceu 2,2% no período de 12 meses encerrado em janeiro de 2017, enquanto o total de empregos formais do conjunto econômico nacional apresentou leve retração de 0,01%.

O relatório aponta que o fluxo de emprego no setor é o maior em oito meses. Em janeiro de 2018, a saúde suplementar admitiu 84.126 pessoas e demitiu 73.490 no País, ou seja, um fluxo positivo de 10.636 contratações. Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, comenta que, mesmo tímido, o crescimento deve ser visto como um sinal de melhor recuperação para 2018. “A saúde suplementar não deixou de criar postos formais de trabalho mesmo em um momento que a expansão da mão de obra no país segue baseada no mercado informal”, aponta o especialista. “Levando em consideração que o total da economia apresentou um fluxo de emprego positivo de 77.822 em janeiro, o saldo de 10.636 da saúde suplementar equivale a mais de 13% de todas as contratações no país”, analisa.

Na análise por subsetor do período de 12 meses encerrado em janeiro, o segmento de Fornecedores foi o que apresentou maior crescimento, de 2,5% na base comparativa, seguido por Prestadores, com alta de 2,2%, e Operadoras, com expansão de 1,8%, respectivamente. Na cadeia produtiva da saúde suplementar, o subsetor que mais emprega é o de prestadores de serviço (médicos, clínicas, hospitais, laboratórios e estabelecimentos de medicina diagnóstica), correspondendo a 2,4 milhões de ocupações, ou 71,5% do total do setor. Já o subsetor de fornecedores emprega 822,3 mil pessoas, 24,1% do total. As operadoras e seguradoras empregam 152,0 mil pessoas, ou seja, 4,5% da cadeia.

Dados por região

O Sudeste foi a região que apresentou o maior crescimento de empregos da cadeia de saúde, com saldo positivo de 7.024 vagas seguido pela região Sul e Centro-Oeste, com 1.989 e 1.902, respectivamente. A região Nordeste apresentou saldo positivo no fluxo de emprego de 805 e a região Norte foi a única que registrou saldo negativo de 1.084 vagas.

Para deixar mais clara a relação entre os empregos gerados pelo setor de saúde suplementar e o conjunto da economia nacional, o IESS criou um indicador de base 100, tendo como ponto de partida o ano de 2009. Em janeiro de 2018, o índice para o estoque de empregos da cadeia suplementar foi de 137, mesmo nível do mês anterior. O índice do mercado nacional seguiu estável em 109.