A paranaense Maria Ferreira Campos, é doméstica e teve seus serviços interrompidos pela pandemia do novo Coronavírus (COVID-19). Mãe de uma adolescente de 15 anos, ela teme o momento enfrentado pela família e foi em busca de outras alternativas para garantir uma renda. “Temos muitas dúvidas. Eu mesmo estava com um mês de carteira assinada e agora estou em casa. Não sei o que vai acontecer daqui pra frente”, contou. Costureira por hobby há mais de cinco anos, viu na confecção de máscaras uma saída neste momento de crise.

O genro, André Rampazzo, engenheiro civil e analista de qualidade da Construtora e Incorporadora Pride, enxergou em meio à crise a oportunidade de ajudar a sogra e de atender a uma demanda da empresa, que possui cinco canteiros de obras espalhados pelo Paraná, com mais de 400 colaboradores.

Foi assim que a ideia de contratar os serviços de mães e sogras de funcionários que foram demitidas surgiu. “Algumas mães, sogras e conhecidas acabaram perdendo o emprego. Então a Pride decidiu fazer a contratação das pessoas que pudessem produzir máscaras para serem distribuídas em nossos canteiros proporcionando uma renda a essas famílias e a proteção aos colaboradores”, explicou o sócio da Pride Engenharia, Janderson Hellman.

Mais de 600 máscaras estão sendo distribuídas em locais que contam com empreendimentos da Pride. “Temos que garantir o bem-estar dos colaboradores que estão nas obras. Cada um recebeu duas unidades laváveis e todos estão sendo orientados de como devem proceder para o uso”, ressaltou Valdemar Radzinski.

Segundo Maria Ferreira, é satisfatório ver que ela está contribuindo com um ciclo de proteção. “Eu fico muito orgulhosa porque o meu trabalho está ajudando a cuidar da vida de outras pessoas. Fiquei muito feliz quando recebi essa missão e estou conseguindo cumprir dentro do prazo estabelecido”, destacou.

O pedreiro João Mailson, recebeu suas máscaras nesta segunda-feira. Segundo ele, a ação é muito importante para manter a saúde dele e de toda a família. “ Moro no mesmo terreno que a minha mãe, que tem 77 anos. Querendo ou não, tenho que dar uma passadinha pra dar um oi quando chego do trabalho. Assim, estou cuidando da minha saúde e principalmente, zelando pela saúde dela,” enfatizou.

Outra beneficiada pela contratação é Marli Santos, 58 anos, costureira, que também teve redução das atividades. “Meu marido é motorista de aplicativo e também está quase sem corrida. Esse trabalho para a Pride foi muito importante porque vai nos ajudar dentro de casa”, contou.