A duração da internação hospitalar, por exemplo, é responsável por cerca de 90% da variação do custo hospitalar com os pacientes. Nesse sentido, o desempenho econômico de uma instituição hospitalar pode ser medido pelo excesso de uma internação “típica” do paciente ou mesmo por excessos de permanência.

Um dia a mais em uma UTI pode ser até quatro vezes mais caro. Além dos custos, o excesso na permanência em uma internação pode ocasionar o aparecimento de novas patologias. O paciente corre o risco de pegar uma infecção, pneumonia ou até mesmo um distúrbio dermatológico conhecido como úlcera por pressão. Estudos recentes realizados nos EUA e no Brasil apontam a prevalência de úlcera por pressão de 39% em hospitais universitários. No mundo, esse índice gira em torno de 8% e no Brasil varia de 13% a 39%.

Tendo em vista este contexto, a Hillrom entende que somente um ambiente integrado e conectado pode ajudar a obter uma gestão efetiva de custos e desenvolveu uma estratégia que integra todos os seus produtos para oferta ao mercado.

Um deles é o Monitor de Sinais Vitais CSM WelchAllyn, apresentado na Hospitalar 2019. Integrado na beira do leito, o produto realiza medições de sinais vitais em menos de um minuto e transmite diretamente para o prontuário eletrônico e para um dashboard, já em português, os dados sobre o uso da cama, dos sinais vitais e dos protocolos como MEWS, Braden, PEWS. Essa integração permite evitar os erros de transcrição dos dados, acelerando o tempo de resposta do corpo assistencial. Essa constância permite realizar diagnósticos precoces podendo até mesmo a diminuir o tempo de estadia do paciente no hospital.

A solução combina o monitor a uma cama hospitalar inteligente, que provida de conectividade ajuda no monitoramento de todos os protocolos de segurança exigidos no ambiente. Além disso, a solução envia alertas aos profissionais em caso de distorções na medição ou de um evento novo. “Com essa solução é possível acionar o TRR (Time de Resposta Rápida) de forma mais ágil antecipando uma eventual deterioração do paciente. Hoje com a mobilidade, é possível também monitorar esses resultados por um celular e, caso haja necessidade, adaptar a rotina de cuidados com ele”, explica Bernardo Medrado, diretor geral da Hill-Rom Brasil

Experiência no HCor

A Hill-Rom em parceria com o Hospital do Coração implantou o monitor de sinais vitais em alguns leitos da instituição. Com isso, o objetivo é eliminar os erros humanos e informações equivocadas. Outro índice que a companhia busca diminuir no local é o tempo de resposta.

“Há uma sobrecarga assistencial muito grande no Brasil e esse problema só pode ser sanado com a união dos players do setor. É preciso que haja uma maior participação da indústria nesse processo. Isso tem um custo e compromete a produtividade dos hospitais na medida em que o enfermeiro precisa dedicar sua atenção a um problema que poderia ser prevenido”, enfatiza Medrado.