Estudantes da Universidade Federal do Paraná, participantes da edição de 2018 do AWC, programa de empreendedorismo universitário do Instituto TIM, estão desenvolvendo startup com foco na saúde e na segurança de idosos. Pensando nesse nicho como oportunidade de negócio, a equipe do Smart Aging está criando um dispositivo wearable, para monitoramento remoto de idosos, capaz de detectar situações como quedas e anomalias cardíacas, enviando alertas para o próprio idoso, familiares e médicos. No dia 27 de setembro foi comemorado o Dia Nacional do Idoso e, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população está em trajetória de envelhecimento. Até 2060, o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%.

“Em busca de um tema de TCC com tecnologias disruptivas e impacto social, nos deparamos com a dificuldade de um amigo com um familiar idoso. Foi aí que surgiu o insight. Estudando o crescimento dessa população e seu relacionamento com as novas tecnologias, decidimos desenvolver algo focado em melhorar a experiência de comunicação do idoso com seus familiares e entes queridos”, explicam os irmãos gêmeos e criadores do Smart Aging, Matheus Augusto Silva e Lucas Henrique Silva.

O dispositivo é uma pulseira dotada de sensores que se comunica via wireless com o aplicativo no smartphone do idoso, gerando relatórios e alertas que são disponibilizados via aplicativo para cadastrados. A solução permite ainda ao idoso cadastrar lembretes para a hora certa de tomar medicamentos e compromissos da sua rotina. Durante a pesquisa para o desenvolvimento do projeto, Matheus e Lucas se aprofundaram nesse mercado e conduziram um estudo de segmentação, com o intuito de minimizar riscos. O mercado de saúde é muito amplo e a tecnologia vêm colaborando cada vez mais para o desenvolvimento de iniciativas inovadoras dentro desse nicho.

“As novas tecnologias – como sensores, inteligência artificial e plataformas digitais – oferecem muitos horizontes para a saúde. O mercado já chama atenção das gigantes Amazon, Google e Apple, pois existe muita fronteira a ser explorada usando diversas expertises. O mercado nacional ainda é pouco modernizado, porém temos visto algumas tecnologias interessantes surgindo, oferecendo perspectivas de melhoria em processos, em equipamentos hospitalares, em cuidados domiciliares e muito mais. Há muito a ser explorado e jovens com boas tecnologias podem fazer toda a diferença”, conta Artur Vilas Boas, Coordenador do Processo de Aceleração do AWC.

O Academic Working Capital é voltado aos estudantes em fase final de graduação que possuem seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), com soluções tecnológicas ou de inovação. Os universitários recebem acompanhamento, orientação de negócios e recursos financeiros para transformar sua ideia em um produto ou negócio. No fim do ano, eles participam de uma Feira de Investimentos e podem apresentar suas soluções para profissionais do mercado e investidores. Em suas três primeiras edições, o AWC já apoiou o desenvolvimento de cerca de 80 projetos. Este ano, o AWC conta com 32 grupos, sendo 86 alunos de faculdades de oito estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Bahia).