Nos últimos cinco anos, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), três milhões de pessoas deixaram de ter planos de saúde. Os motivos passam pela crise econômica brasileira, que levou milhões de brasileiros ao desemprego. Olhar para esse futuro e buscar alternativas sustentáveis é tarefa prioritária para o segmento da saúde suplementar.
O futuro da medicina está sendo moldado com as novas tecnologias que irão ampliar as possibilidades de cura, facilitar diagnósticos, aumentar a expectativa e qualidade de vida e mudar para sempre o setor. Mas não é só isso. Segundo o presidente da UNIDAS (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde), Anderson Mendes, algumas das características da autogestão, modelo em que a própria empresa ou instituição administra plano de saúde de seus beneficiários, também farão parte do modelo de saúde do futuro.
“A expectativa é que o setor trabalhe cada vez mais com medicina integrada, investindo não só em diagnóstico e tratamento, mas enxergando o paciente como um todo, incluindo fatores físicos, orgânicos, psicológicos e sociais, para, assim, trabalhar com foco em programas de Promoção da Saúde e de Atenção Primária à Saúde, característica da autogestão, que foi pioneira na implantação e gestão desses programas na década de 90”, explica Mendes.
Com base nesse modelo, as empresas e instituições que fazem a contratação dos planos de saúde, também estão discutindo a saúde do funcionário. “A tendência é que esse modelo do futuro seja mais interligado, com maior participação tanto da fonte pagadora, quanto do beneficiário, outra característica da autogestão”, explica o presidente da UNIDAS.
Atenção Primária à Saúde, maior participação dos beneficiários na gestão do plano e medicina integrada devem fazer parte do futuro do setor; tema será discutido no 22º Congresso Internacional UNIDAS, que acontece entre os dias 23 e 25 de outubro, em Atibaia (SP).